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title: "Métodos de Monte Carlo via Cadeias de Markov"
# subtitle: "Método da transformação de variáveis"
author: "Fernando P. Mayer"
# bibliography: ref.bib
output:
html_document:
number_sections: true
toc_depth: 3
---
```{r, cache=FALSE, include=FALSE}
source("setup_knitr.R")
opts_chunk$set(fig.path = "figures/MCMC-1/")
```
# Introdução
Já vimos que a integração de Monte Carlo serve para aproximar integrais
de alta dimensão ou que não possuem solução fechada (analítica).
Agora veremos que a integração de Monte Carlo, naturalmente serve também
para o cáculo de probabilidades entre algum intervalo, e.g., $P[a < X <
b]$ ou $P[X > a]$, que nada mais são do que cálculos de áreas no
intervalo especificado.
A integração de Monte Carlo nos fornece uma estimativa dessa integral,
e, como vimos, o erro padrão dessa estimativa pode ser calculado, e
intervalos de confiança podem ser obtidos devido à suposição de que
assintoticamente a estimativa possui distribuição normal.
Agora, veremos que podemos obter essa mesma estimativa, mas de uma forma
um pouco diferente: simulando a própria distribuição de interesse, e
obtendo valores de áreas (integrais) usando a própria amostra. A
vantagem é que, dessa forma, obtemos uma descrição mais completa do
problema em questão, e, com isso, podemos obter outras medidas que forem
necessárias, de uma única vez. Além disso, medidas de incerteza como
erros-padrões e intervalos de confiança podem ser derivados a partir da
própria distribuição amostral.
A obtenção de uma amostra da distribuição de interesse será fundamental
para os métodos de inferência que veremos mais adiante. Além disso,
estes métodos são utilizados como o "padrão" para a resolução de
problemas em inferência bayesiana.
# Método não sequencial
## Método de aceitação e rejeição
Se a função densidade de probabilidade for conhecida, $f$, então é
possível gerar números aleatórios dessa variável aleatória caracterizada
por $f$ pelo método da aceitação e rejeição. É necessário satisfazer
dois requisitos:
1. Ter um bom gerador de números uniformes.
2. Ter um bom gerador de números de uma variável aleatória representada
por uma distribuição $D$, escolhida de tal maneira que existe uma
constante $M$ tal que a densidade de $g$ que caracteriza a distribuição
$D$ satisfaz
$$
f(x) \leq M g(x)
$$
para todo $x$ do domínio de $f$. A função $g$ que "encapsula" a função
$f$ é chamada de **distribuiçao proposta** (*proposal*).
O seguinte algoritmo permite gerar números aleatórios de uma
distribuição de probabilidade caracterizada pela função densidade $f$:
1. Gerar $y$ como sendo uma ocorrência da variável aleatória
representada por $D$.
2. Gerar $u$ como sendo uma ocorrência de uma uniforme padrão.
3. Se
$$
u \leq \frac{f(y)}{M g(y)}
$$
considerar que $x = y$ é um valor da
distribuição de probabilidade alvo cuja densidade é $f$, caso
contrário, descartar $y$.
4. Repetir até atingir o número de valores desejado $n$.
Veja que o valor de $u$ é comparável com a razão $f(y)/Mg(y)$,
pois esta razão sempre será algum valor entre 0 e 1. Portanto o valor de
$u$ é sempre relativo à essa razão (i.e., não está na mesma escala das
densidades de $f$ e $g$).
Para determinar o valor de $M$, basta seguir a seguinte relação
$$
M \geq \max_x \frac{f(x)}{g(x)}
$$
Alguns pontos que devem ser levados em consideração:
1. O limite $f(x) \leq M g(x)$ não precisa ser tão pequeno. O algoritmo
permanece válido (mas possivelmente menos eficiente) quando $M$ for
um valor maior
2. A probabilidade de aceitação é $1/M$. Portanto $M$ deve ser o menor
possível para maior eficiência computacional.
<div class="alert alert-warning">
Para uma ilustração animada veja [este
exemplo](http://leg.ufpr.br/~walmes/ensino/EC2/tutoriais/met-ac-rej.html)
da geração de números de uma distribuição normal, a partir de uma Cauchy
(distribuição proposta). Para os detalhes da implementação veja [este
link](http://leg.ufpr.br/~walmes/ensino/EC2/tutoriais/06-met-ac-rej.html).
</div>
### Exemplo (Beta)
<!-- Robert e Casella -->
Considere que deseja-se gerar valores de uma distribuição
$\text{Beta}(\alpha = 2.7, \beta = 6.3)$ (e também suponha que não
dispomos de um gerador como o que já existe no R pela função `rbeta()`).
```{r beta}
curve(dbeta(x, 2.7, 6.3), from = 0, to = 1)
```
A distribuição proposta mais natural seria uma Uniforme entre 0 e 1, que
possui densidade 1 (para todo $x$).
```{r propbeta1}
curve(dbeta(x, 2.7, 6.3), from = 0, to = 1, col = 4)
curve(1 + 0 * x, from = 0, to = 1, add = TRUE, lty = 2)
legend("topright", legend = c("f(x)", "g(x)"),
lty = c(1, 2), col = c(4, 1), bty = "n")
```
Como podemos achar o valor de $M$ que satisfaça $f(x) \leq M g(x)$? Já
vimos que esse valor pode ser determinado por
$$
M \geq \max_x \frac{f(x)}{g(x)}
$$
O valor máximo da densidade de $g(x)$ é fácil de ser encontrado, pois
nesse caso é 1 para todo $x$. Como fazer então para determinar o valor
máximo da $\text{Beta}(2.7, 6.3)$? Temos duas opções:
1. Usar a expressão da **moda** da distribuição (se existir)
2. Achar esse valor máximo por otimização numérica
No caso da distribuição Beta, existe uma expressão fechada para de
determinar a moda, que é $\frac{\alpha-1}{\alpha+\beta-2}$. Portanto
seria fácil nesse caso determinar o valor máximo da densidade por meio
de
```{r}
## Define parâmetros
alfa <- 2.7; beta <- 6.3
## A moda é
(moda <- (alfa - 1)/(alfa + beta - 2))
## A densidade nesse ponto é então
dbeta(moda, alfa, beta)
```
No entanto, em diversas situações, não temos uma expressão fechada para
a moda ou ela não pode ser determinada analiticamente. Por isso, nesses
casos, podemos encontrar o valor máximo da função através de
**otimização numérica** dessa função. Esse método serve para qualquer
distribuição (na verdade qualquer função) onde deseja-se obter o ponto
de máxima.
No R, podemos passar a função que desejamos maximizar para a função
`optimize()`. Aqui usaremos a função `dbeta()` que já implementa a
expressão de densidade da Beta, mas poderíamos também escrever essa
função manualmente e usá-la na otimização.
```{r}
(max.beta <- optimize(f = function(x) {dbeta(x, alfa, beta)/dunif(x)},
interval = c(0, 1), maximum = TRUE))
```
Note que a função retorna dois valores: o ponto onde foi encontrada a
densidade máxima (igual a moda), e o valor da densidade nesse ponto.
Veja que os resultados são virtualmente os mesmos dos anteriores obtidos
de forma analítica. Por ser uma forma mais geral, prosseguiremos com o
valor de densidade máximo obtido dessa forma. Agora podemos então
determinar o valor de $M$, como sendo
```{r}
(M <- max.beta$objective/1)
```
Assim, ficamos com a distribuição proposta $Mg(x)$ como pode ser visto
abaixo.
```{r propbeta2}
curve(dbeta(x, alfa, beta), from = 0, to = 1, col = 4)
curve(1 + 0 * x, from = 0, to = 1, add = TRUE, lty = 2)
curve(M * 1 + 0 * x, add = TRUE, lty = 2, lwd = 2)
legend("right", legend = c("f(x)", "g(x)", "M g(x)"),
lty = c(1, 2, 2), col = c(4, 1, 1), lwd = c(1, 1, 2), bty = "n")
```
Seguindo com o algoritmo de aceitação e rejeição, a ideia é a mesma do
exemplo anterior, mudando as funções apropriadamente.
```{r}
## Define funções
f <- function(x) dbeta(x, alfa, beta)
g <- function(x) 1 + 0 * x
## Simula com número fixo
Nsim <- 2500
## Amostra da proposta U(0,1)
y <- runif(Nsim)
## Amostra u também de U(0,1)
u <- runif(Nsim)
## Calcula a razão
r <- f(y)/(M * g(y))
## x serão os valores de y onde u < r
x <- y[u < r]
## Aceitados
ua <- u[u < r]
## Rejeitados
ur <- u[u >= r]
```
Assim como no exemplo anterior, podemos visualizar os pontos amsotrados
que foram aceitados e aqueles rejeitados.
```{r betaac}
curve(dbeta(x, alfa, beta), from = 0, to = 1, col = 4)
curve(M * 1 + 0 * x, from = 0, to = 1, add = TRUE, lty = 2, lwd = 2)
points(x, ua * M * g(x), col = 3)
points(y[u >= r], ur * M * g(y[u >= r]), col = 2)
```
Lembre-se que a taxa de aceitação teórica é $1/M$, e neste exemplo temos
```{r}
## Quantos foram aceitados
length(x)/length(y)
## Taxa (teorica) de aceitacao é
1/M
```
Note pelo gráfico acima que a maior parte dos pontos amostrados não
são aceitos (veja também a baixa taxa de aceitação). Isso mostra que
estamos disperdisando a maior parte do tempo computacional amostrando
pontos que não serão aceitos.
Devemos então pensar em uma outra distribuição proposta, com a intenção
de melhorar (aumentar) a taxa de aceitação. Naturalmente, uma
distribuição proposta com um formato mais próximo daquele que queremos
amostrar seria possivelmente mais eficiente.
Considere então como uma nova distribuição proposta uma $\text{Beta}(2,
6)$ (ainda queremos amostrar de uma $\text{Beta}(2.7, 6.3)$).
```{r propbeta3}
curve(dbeta(x, 2.7, 6.3), from = 0, to = 1, col = 4, ylim = c(0, 3))
curve(dbeta(x, 2, 6), from = 0, to = 1, add = TRUE, lty = 2)
legend("topright", legend = c("f(x)", "g(x)"),
lty = c(1, 2), col = c(4, 1), bty = "n")
```
Com o formato mais próximo da proposta, certamente a taxa de aceitação
será maior. Precisamos novamente encontrar o valor $M$ que satisfaça
$f(x) \leq M g(x)$. Já vimos que podemos usar a moda, mas vamos usar o
método geral de encontrar a densidade máxima das duas distribuições por
otimização numérica. Aqui também temos duas opções:
1. Encontrar o máximo de cada função separadamente e fazer a razão entre
eles
2. Encontrar diretamente o máxima da razão entre as duas distribuições
A segunda abordagem é mais direta e levará ao mesmo resultado da
primeira, mas só precisaremos fazer uma otimização. Portanto
prosseguimos com
```{r}
(M <- optimize(f = function(x) {dbeta(x, 2.7, 6.3)/dbeta(x, 2, 6)},
interval = c(0, 1), maximum = TRUE)$objective)
```
Note que esse já é o valor de $M$, e ficamos com a seguinte situação
```{r propbeta4}
curve(dbeta(x, 2.7, 6.3), from = 0, to = 1, col = 4, ylim = c(0, 5))
curve(dbeta(x, 2, 6), from = 0, to = 1, add = TRUE, lty = 2)
curve(M * dbeta(x, 2, 6), add = TRUE, lty = 2, lwd = 2)
legend("topright", legend = c("f(x)", "g(x)", "M g(x)"),
lty = c(1, 2, 2), col = c(4, 1, 1), lwd = c(1, 1, 2), bty = "n")
```
Agora fazemos o mesmo processo para um número fixo de simulações
```{r}
## Define funções
f <- function(x) dbeta(x, 2.7, 6.3)
g <- function(x) dbeta(x, 2, 6)
## Simula
Nsim <- 2500
## Amostra da proposta
y <- rbeta(Nsim, 2, 6)
## Amostra da U(0,1)
u <- runif(Nsim)
r <- f(y)/(M * g(y))
x <- y[u < r]
ua <- u[u < r]
ur <- u[u >= r]
```
O resultado dos pontos aceitados agora pode ser visto abaixo.
```{r betaac2}
curve(dbeta(x, 2.7, 6.3), from = 0, to = 1, col = 4, ylim = c(0, 5))
curve(M * dbeta(x, 2, 6), from = 0, to = 1, add = TRUE, lty = 2, lwd = 2)
points(x, ua * M * g(x), col = 3)
points(y[u >= r], ur * M * g(y[u >= r]), col = 2)
```
Veja que muitos mais pontos agora são aceitos. De fato, a taxa de
aceitação usando essa nova distribuição proposta é bem maior quando
comparada à taxa anterior com a uniforme como proposta.
```{r}
## Quantos foram aceitados
length(x)/length(y)
## Taxa (teorica) de aceitacao é
1/M
```
Novamente, podemos verificar a distribuição da amostra gerada através de
um histograma, e (preferencialmente), através das distribuições
acumuladas empírica e teórica.
```{r betaconf, fig.show='hold'}
par(mfrow = c(1, 2))
hist(x, freq = FALSE); lines(density(x), col = 2)
plot(ecdf(x))
curve(pbeta(x, 2.7, 6.3), add = TRUE, from = 0, to = 1, col = 2)
legend("right", legend = c("Empírica", "Teórica"),
lty = 1, col = 1:2, bty = "n")
par(mfrow = c(1, 1))
```
# Métodos sequenciais
Em situações em que $\theta$ (ou $X$) tem dimensão elevada, o
procedimento a ser apresentado é geralmente mais eficiente para gerar
quantidades aleatórias.
O ponto crítico do método MCMC está na formulação de probabilidades de
transição apropriadas. O algoritmo de Metropolis-Hastings é uma forma
conveniente de obter uma amostra simulada, a partir do uso de uma cadeia
de Markov generalizada para um espaço de estado contínuo.
Segue abaixo uma descrição das probabilidades de transição especificadas
conforme algumas das alternativas que podem ser adotadas para
implementar o algoritmo de Metropolis-Hastings.
O procedimento mais geral será visto na sequência.
## Metropolis-Hastings
O algoritmo de Metropolis-Hastings gera uma cadeia de Markov $\{X_0,
X_1, \ldots\}$ conforme definido abaixo.
1. Defina uma distribuição proposta $g(\cdot|X_t)$
2. Defina um valor inicial $X_0$, dentro do domínio de $g$
3. Repita os seguintes passos até convergir para uma distribuição
estacionária:
a. Gere um valor **candidato** $Y=X_{t+1}$ a partir de $g(\cdot|X_t)$
(note que o valor candidato é dependente do valor anterior)
b. Gere $U$ de uma $\text{U}(0,1)$
c. Calcule a taxa de aceitação
$$
\alpha(X_t, Y) = \min
\left( \frac{f(Y)g(X_t|Y)}{f(X_t)g(Y|X_t)}, 1 \right)
$$
Se
$$
U \leq \alpha(X_t, Y)
$$
aceite $Y$ e faça $X_{t+1}=Y$; caso contrário faça $X_{t+1}=X_t$
Observações:
- Note que só precisamos conhecer o núcleo da densidade alvo $f$, ou
seja, não é necessário saber a constante de integração (ou de
normalização), uma vez que, mesmo sem essa constante, a densidade de $f$
será proporcional.
- Se a distribuição proposta for adequada, a "cadeia" de
Metropolis-Hastings irá convergir para uma distribuição estacionária
única $\pi$.
- O algoritmo foi desenvolvido de forma que a distribuição estacionária
da cadeia é de fato a distribuição alvo $f$.
## Metropolis Random Walk
O algoritmo de Metropolis-Hastings é uma generalização do algoritmo de
Metropolis *random walk*. Nesse caso, a particularização é que no
algoritmo de Metropolis, a distribuição proposta deve ser
obrigatoriamente **simétrica**.
Sendo assim, se $g(\cdot|X_t)$ é simétrica, podemos dizer que
$$
g(X_t|Y) = g(Y|X_t)
$$
Portanto, a taxa de aceitação fica agora simplificada
$$
\begin{aligned}
\alpha(X_t, Y) &= \min
\left( \frac{f(Y)g(X_t|Y)}{f(X_t)g(Y|X_t)}, 1 \right) \\
&= \min
\left( \frac{f(Y)}{f(X_t)}, 1 \right)
\end{aligned}
$$
Sendo assim, se um valor candidato $Y = X_{t+1}$ é gerado a partir de
uma distribuição proposta simétrica, então a probabilidade da cadeia se
mover de $X_t$ para $X_{t+1}$ depende apenas da distância entre eles,
i.e. $g(X_{t+1}|X_t) = g(|X_{t+1} - X_t|)$. Então, a cada iteração, um
increment $Z$ é gerado a partir de $g(\cdot)$, e $Y$ é definido como $Y
= X_t + Z$ (veja que é a própria definição de random walk).
O incremento aleatório $Z$ pode ser, por exemplo, normal com média zero,
de forma que o valor candidadto é $Y|X_t \sim \text{N}(X_t, \sigma^2)$,
para algum $\sigma^2 > 0$ constante. No enatnto, o incremento $Z$ também
pode ser proveniente de uma distribuição uniforme no intervalo
$(-\delta, \delta)$, por exemplo.
Assim, o algoritmo de Metropolis random walk pode ser definido da
seguinte forma:
1. Defina uma distribuição proposta $g$ **simétrica**
2. Defina um valor inicial $X_0$, dentro do domínio de $f$
3. Repita os seguintes passos até convergir para uma distribuição
estacionária:
a. Gere um valor **candidato** $Y \equiv X_{t+1} = X_t+Z$
b. Gere $U$ de uma $\text{U}(0,1)$
c. Calcule a taxa de aceitação
$$
\alpha(X_t, Y) = \min
\left( \frac{f(Y)}{f(X_t)}, 1 \right)
$$
Se
$$
U \leq \alpha(X_t, Y)
$$
aceite $Y$ e faça $X_{t+1}=Y$; caso contrário faça $X_{t+1}=X_t$
### Exemplo com uniforme
Suponha que se deseja gerar valores de uma normal padrão, usando como
distribuição proposta uma $\text{U}(-\delta, \delta)$.
1. Simule $z \sim \text{U}(-\delta, \delta)$ e faça $Y = X_t+Z$
2. Calcule a probabilidade de aceitação $\alpha(X_t, Y) = \min \left(
\frac{f(Y)}{f(X_t)}, 1 \right)$, onde $f$ é a densidade da normal
padrão
3. Simule $u \sim \text{U}(0,1)$. Se $u \leq \alpha(X_t, Y)$, então
$X_{t+1}=Y$; caso contrário $X_{t+1}=X_t$
```{r}
f <- function(x) dnorm(x, 0, 1)
delta <- 0.5
N <- 500
x <- numeric(N)
x[1] <- 0
set.seed(2019-10-11)
for(i in 2:N) {
z <- runif(1, -delta, delta)
y <- x[i - 1] + z
alpha <- min(f(y)/f(x[i - 1]), 1)
u <- runif(1)
if(u <= alpha) {
x[i] <- y
} else {
x[i] <- x[i - 1]
}
}
plot(x, type = "l")
```
Veja o que acontece se aumentarmos o valor de $\delta$
```{r}
f <- function(x) dnorm(x, 0, 1)
delta <- 2
N <- 500
x2 <- numeric(N)
x2[1] <- 0
set.seed(2019-10-11)
for(i in 2:N) {
z <- runif(1, -delta, delta)
y <- x2[i - 1] + z
alpha <- min(f(y)/f(x2[i - 1]), 1)
u <- runif(1)
if(u <= alpha) {
x2[i] <- y
} else {
x2[i] <- x2[i - 1]
}
}
plot(x2, type = "l")
```
Compara a distribuição das amostras com a distribuição teórica
```{r, fig.show='hold'}
par(mfrow = c(1, 2))
plot(ecdf(x))
curve(pnorm(x), add = TRUE, col = 2)
plot(ecdf(x2))
curve(pnorm(x), add = TRUE, col = 2)
par(mfrow = c(1, 1))
```
Comparando as duas cadeias
```{r, fig.show='hold'}
par(mfrow = c(2, 1))
plot(x, type = "l", main = expression(delta == 0.5))
plot(x2, type = "l", main = expression(delta == 2))
par(mfrow = c(1, 1))
```
No primeiro caso, os valores propostos ficam muito próximos do valor
atual, e quase sempre serão aceitos. No entanto, levará muitas iterações
até o algoritmo cobrir todo o espaço de $X$.
No segundo caso, a taxa de rejeição é excessivamente alta e a cadeia se
movimenta muito pouco, pois os valores propostos podem ficar muito longe
do atual.
Nas duas situações o algoritmo pode ser ineficiente. Na prática temos
que testar vários valores de $\delta$ e monitorar a taxa de aceitação.
A partir disso surge um importante conceito em amostradores MCMC:
*tuning*, ou "refinamento". Em teoria, não existe um valor ideal para
$\delta$, ambas as cadeias irão eventualmente convergir para a
distribuição alvo (normal nesse caso). No entanto, a velocidade de
convergência e a quantidade de espaço amostral explorado dependem de
$\delta$. Portanto, o amostrador pode ser refinado para melhorar sua
eficiência.
Veja também que no primeiro caso, como os valores propostos são mais
próximos do atual, eles também terão uma correlação maior.
```{r, fig.show='hold'}
par(mfrow = c(1, 2))
acf(x, lag.max = 50)
acf(x2, lag.max = 50)
par(mfrow = c(1, 1))
```
```{r, include=FALSE}
## Ilustrando o procedimento (com um exemplo bem simples). Obter
## realizações de uma distribuição Normal(0, 1). Definir a distribuição
## candidata qX(x,.) como sendo a uniforme(-delta, delta) que é
## simétrica.
qX <- function(delta, xi){
## delta e xi: escalares parâmetros da distribuição candidata.
## A distribuição candidata é a uniforme.
## Retorna uma realização da distribuição candidata.
runif(1, xi-delta, xi+delta)
}
rwsampler1 <- function(nsim, x1, delta, mu, sigma,
plot=FALSE, go=c("click","enter","none")){
out <- vector(mode="numeric", length=nsim)
out[1] <- x1
for(i in 2:nsim){
## Realização da distribuição alvo.
if(plot & go[1]=="click"){
can <- locator(n=1)$x
} else {
can <- qX(delta, xi=out[i-1])
}
dn1 <- dnorm(can, mu, sigma)
dn0 <- dnorm(out[i-1], mu, sigma)
ratio <- dn1/dn0
u <- runif(1)
if(u<ratio) out[i] <- can else out[i] <- out[i-1]
if(plot & nsim<=20){
curve(dnorm(x, mu, sigma), mu-4*sigma, mu+4*sigma,
ylab="densidade")
curve(dunif(x, out[i-1]-delta, out[i-1]+delta), add=TRUE, lty=2)
du <- dunif(can, out[i-1]-delta, out[i-1]+delta)
## segments(can, du, can, 0, col=4)
segments(can, dn1, can, 0, col=2);
segments(out[i-1], dn0, out[i-1], 0, col=4);
cex <- 2.5; col="yellow"
points(can, dn1, pch=19, cex=cex, col="green");
points(out[i-1], dn0, pch=19, cex=cex, col=col);
## points(can, dn1, pch="N");
## points(out[i-1], dn0, pch="n");
text(can, dn1, expression(f[X]));
text(out[i-1], dn0, expression(f[X]));
ex <- substitute(frac(f[X](x[i]),
f[X](x[i-1]))*" = "*
frac(dn1, dn0)==ratio,
list(dn1=dn1, dn0=dn0, ratio=ratio))
r <- substitute("u = "~u<ratio,
list(ratio=ratio, u=u))
mtext(ex, side=3, line=1, adj=0)
mtext(r, side=3, line=2, adj=1)
mtext(sprintf("então %s", ifelse(u<ratio, "aceita", "rejeita")),
side=3, line=1, adj=1)
switch(go[1],
click=locator(n=1),
console=readline(prompt="Press [enter] to continue"),
none=Sys.sleep(0.5))
}
}
return(out)
}
```
```{r, include=FALSE, eval=FALSE}
mu <- 0; sigma <- 1
x <- rwsampler1(nsim=10, x1=-1, delta= .5, mu, sigma, plot=TRUE,
go="console")
## x <- rwsampler1(nsim=10, x1=-1, delta= .5, mu, sigma, plot=TRUE,
## go="click")
x <- rwsampler1(nsim=10, x1=-1, delta=2, mu, sigma, plot=TRUE,
go="console")
## x <- rwsampler1(nsim=10, x1=-1, delta=2, mu, sigma, plot=TRUE,
## go="click")
```
```{r, include=FALSE, results='hide', cache=TRUE}
animation::saveHTML(
rwsampler1(nsim = 20, x1 = -1, delta = 2, mu = 0,
sigma = 1, plot = TRUE, go = "none"),
img.name = "rwsampler1-",
imgdir = "figures/rwsampler1/",
htmlfile = "rwsampler1.html",
autobrowse = FALSE,
verbose = FALSE,
ani.width = 600,
ani.height = 600)
```
Veja como fica uma animação com o método em funcionamento:
```{r, echo=FALSE, results='asis', out.extra='style="display:block; margin: auto;" frameborder="0"'}
knitr::include_url("rwsampler1.html", height = "715px")
```
VEJA também o código-fonte para outro exemplo!
```{r, eval=FALSE, include=FALSE}
## Simular de uma mistura de normais. Normais com variância 1 e mistura
## 1:1.
k <- 0.5
curve(k*dnorm(x, 0, 1)+(1-k)*dnorm(x, 7, 1), -3, 10)
curve(0.1*dunif(x), add=TRUE, col=2, n=1024)
rwsampler2 <- function(nsim, x1, delta,
plot=FALSE, go=c("click","enter","none")){
out <- vector(mode="numeric", length=nsim)
out[1] <- x1
for(i in 2:nsim){
## Realização da distribuição alvo.
if(plot & go[1]=="click"){
can <- locator(n=1)$x
} else {
can <- qX(delta, xi=out[i-1])
}
dn1 <- k*dnorm(can, 0, 1)+(1-k)*dnorm(can, 7, 1)
dn0 <- k*dnorm(out[i-1], 0, 1)+(1-k)*dnorm(out[i-1], 7, 1)
ratio <- dn1/dn0
u <- runif(1)
if(u<ratio) out[i] <- can else out[i] <- out[i-1]
if(plot & nsim<=20){
curve(k*dnorm(x, 0, 1)+(1-k)*dnorm(x, 7, 1), -3, 10,
ylab="densidade")
curve(0.3*dunif(x, out[i-1]-delta, out[i-1]+delta),
add=TRUE, lty=2)
du <- dunif(can, out[i-1]-delta, out[i-1]+delta)
## segments(can, du, can, 0, col=4)
segments(can, dn1, can, 0, col=2);
segments(out[i-1], dn0, out[i-1], 0, col=4);
cex <- 2.5; col="yellow"
points(can, dn1, pch=19, cex=cex, col="green");
points(out[i-1], dn0, pch=19, cex=cex, col=col);
## points(can, dn1, pch="N");
## points(out[i-1], dn0, pch="n");
text(can, dn1, expression(f[X]));
text(out[i-1], dn0, expression(f[X]));
ex <- substitute(frac(f[X](x[i]),
f[X](x[i-1]))*" = "*
frac(dn1, dn0)==ratio,
list(dn1=dn1, dn0=dn0, ratio=ratio))
r <- substitute("u = "~u<ratio,
list(ratio=ratio, u=u))
mtext(ex, side=3, line=1, adj=0)
mtext(r, side=3, line=2, adj=1)
mtext(sprintf("então %s", ifelse(u<ratio, "aceita", "rejeita")),
side=3, line=1, adj=1)
switch(go[1],
click=locator(n=1),
console=readline(prompt="Press [enter] to continue"),
none=Sys.sleep(0.5))
}
}
return(out)
}
x <- rwsampler2(nsim=20, x1=1, delta=2, plot=TRUE, go="console")
x <- rwsampler2(nsim=20, x1=1, delta=1, plot=TRUE, go="console")
x <- rwsampler2(nsim=20, x1=1, delta=4, plot=TRUE, go="console")
##----------------------------------------------------------------------
## Muitos valores.
## Janela estreita -----------------------------------------------------
set.seed(123)
x <- rwsampler2(nsim=20000, x1=1, delta=1, plot=FALSE)
par(mfrow=c(2,2))
plot(x, type="l") ## Traço da cadeia completa.
plot(x[1:100], type="l") ## Traço do começo da cadeia.
acf(x) ## Mostra que a cadeia não é independente.
plot(ecdf(x)) ## Acumulada teórica vs empírica.
curve(k*pnorm(x, 0, 1)+(1-k)*pnorm(x, 7, 1), add=TRUE, col=2); layout(1)
prop.table(table(x<3.5))
## Janela larga --------------------------------------------------------
set.seed(123)
x <- rwsampler2(nsim=20000, x1=1, delta=4, plot=FALSE)
par(mfrow=c(2,2))
plot(x, type="l") ## Traço da cadeia completa.
plot(x[1:100], type="l") ## Traço do começo da cadeia.
acf(x) ## Mostra que a cadeia não é independente.
plot(ecdf(x)) ## Acumulada teórica vs empírica.
curve(k*pnorm(x, 0, 1)+(1-k)*pnorm(x, 7, 1), add=TRUE, col=2); layout(1)
prop.table(table(x<3.5))
```
### Exemplo com normal
Considere gerar valores de uma distribuição $t$ de Student com $\nu$
graus de liberdade, usando como distribuição proposta uma $\text{N}(X_t,
\sigma)$.
```{r}
rw.Metropolis <- function(nu, sigma, x0, N) {
f <- function(x, nu) dt(x, nu)
x <- numeric(N)
x[1] <- x0
u <- runif(N)
for(i in 2:N) {
z <- rnorm(1, mean = 0, sd = sigma)
y <- x[i - 1] + z
alpha <- min(f(y, nu)/f(x[i - 1], nu), 1)
u <- runif(1)
if(u <= alpha) {
x[i] <- y
} else {
x[i] <- x[i - 1]
}
}
return(x)
}
```
Supondo que queremos gerar uma distribuição $t(\nu = 4)$. Vamos fazer
isso com valores diferentes de $\sigma$ da distribuição normal proposta.
```{r, fig.show='hold'}
nu <- 4
N <- 2000
sigma <- c(.05, .5, 2, 16)
x0 <- 25
rw1 <- rw.Metropolis(nu, sigma[1], x0, N)
rw2 <- rw.Metropolis(nu, sigma[2], x0, N)
rw3 <- rw.Metropolis(nu, sigma[3], x0, N)
rw4 <- rw.Metropolis(nu, sigma[4], x0, N)
## Resultado das cadeias
par(mfrow = c(2, 2))
refline <- qt(c(.025, .975), df = nu)
rw <- cbind(rw1, rw2, rw3, rw4)
for (j in 1:4) {
plot(rw[, j], type = "l",
main = bquote(sigma == .(round(sigma[j], 3))),
ylab = "X", ylim = range(rw[, j]))
abline(h = refline)
}
par(mfrow = c(1, 1))
```
- Com $\sigma = 0.05$ a probabilidade de aceitação $\alpha$ tende a ser
grande, portanto quase todos os valores candidatos são aceitos. Os
incrementos são pequenos e a cadeia não converge para a distribuição
estacionária.
- Com $\sigma = 0.5$, converge lentamente para a distribuição
estacionária. Isso mostra que é importante definir um período de
*burn-in* ou aquecimento da cadeia, descartando os primeiros valores
gerados.
- Com $\sigma = 2$, a cadeia possui uma boa mistura e converge
rapidamente para a distribuição estacionária.
- Com $\sigma = 16$, a probabilidade de aceitação $\alpha$ é pequena, e
a maioria dos valores candidatos são rejeitados. A cadeia converge,
mas é ineficiente.
## Amostrador independente
Outro caso particular do método geral de Metropolis-Hastings é o chamado
amostrador independente. Nesse caso, a particularidade é que a
distribuição proposta não depende mais de valores anteriores da cadeia,
ou seja,
$$
g(Y|X_t) = g(Y)
$$
Dessa forma, a probabilidade de aceitação simplifica para
$$
\begin{aligned}
\alpha(X_t, Y) &= \min
\left( \frac{f(Y)g(X_t|Y)}{f(X_t)g(Y|X_t)}, 1 \right) \\
&= \min
\left( \frac{f(Y)g(X_t)}{f(X_t)g(Y)}, 1 \right) \\
&= \min
\left( \frac{f(Y)}{f(X_t)} \bigg/ \frac{g(Y)}{g(X_t)}, 1 \right)
\end{aligned}
$$
Note que, embora os valores de $Y=X_{t+1}$ sejam gerados de forma
independente, a cadeia resultante **não será iid**, já que a
probabilidade de aceitação ainda depende de $X_t$.
O amostrador independente é de fácil implementação, mas tende a
funcionar bem apenas quando a distribuição proposta é parecida (em
forma) com a distribuição alvo.
Assim, o método do amostrador independente pode ser definido da seguinte
forma:
1. Defina uma distribuição proposta $g$ **similar** à distribuição alvo
2. Defina um valor inicial $X_0$, dentro do domínio de $g$
3. Repita os seguintes passos até convergir para uma distribuição
estacionária:
a. Gere um valor **candidato** $Y$ a partir de $g$
b. Gere $U$ de uma $\text{U}(0,1)$
c. Calcule a taxa de aceitação
$$
\alpha(X_t, Y) = \min
\left( \frac{f(Y)g(X_t)}{f(X_t)g(Y)}, 1 \right)
$$
Se
$$
U \leq \alpha(X_t, Y)
$$
aceite $Y$ e faça $X_{t+1}=Y$; caso contrário faça $X_{t+1}=X_t$
### Exemplo (beta)
```{r}
## Gerar números de uma distribuição Beta usando a distribuição Uniforme
## e/ou normal.
## Distribuição alvo: X ~ Beta(2, 3)
f <- function(x) dbeta(x, shape1 = 2, shape2 = 3)
curve(f, 0, 1)
## Distribuição candidata (proposal): X ~ Uniforme(0,1)
g <- function(x) dunif(x, 0, 1)
## Gráfico das densidados sobrepostas.
curve(f, 0, 1)
curve(g, add=TRUE, col=2)
legend("topright", legend=c("Alvo", "Candidata"), lty=1, col=1:2,
bty="n")
N <- 500
x <- numeric(N)
x[1] <- 0.5
set.seed(2019-10-11)
for(i in 2:N) {
y <- runif(1) # Distribuição proposta
alpha <- min((f(y) * g(x[i - 1])) / (f(x[i - 1]) * g(y)), 1)
u <- runif(1)
if(u <= alpha) {
x[i] <- y
} else {
x[i] <- x[i - 1]
}
}
## Cadeia
plot(x, type = "l")
## Compara com teorica
plot(ecdf(x))
curve(pbeta(x, 2, 3), add = TRUE, col = 2)
```
```{r, include=FALSE}
## Alvo: Beta.
## Canditada: Uniforme.
iidsampler1 <- function(nsim, x1, plot=FALSE,
go=c("click","enter","none")){
out <- vector(mode="numeric", length=nsim)
## Valor para iniciar a cadeia.
out[1] <- x1
for(i in 2:nsim){
## Realização da distribuição alvo.
if(plot & go[1]=="click"){
y <- locator(n=1)$x
} else {
y <- runif(1)
}
## Cálculo da razão de aceitação.
dg1 <- dbeta(y, 2, 3)
dn1 <- dunif(y)
dg0 <- dbeta(out[i-1], 2, 3)
dn0 <- dunif(out[i-1])
ratio <- (dg1/dg0)/(dn1/dn0)
u <- runif(1)
if(u<ratio){
## Se sim, cadeia ganha novo valor.
out[i] <- y
} else {
## Se não, cadeia recebe o último.
out[i] <- out[i-1]
}
## Parte de representação gráfica do método.
if(plot & nsim<=20){
## Curvas.
curve(dbeta(x, 2, 3), 0, 1, xlim=c(0, 1),
ylab="densidade");
curve(dunif(x), add=TRUE, lty=2);
## Lengendas.
legend("topright",
legend=c(expression(f[X]*" ~ Beta"),
expression(f[Y]*" ~ Unif")),
lty=c(1,2), bty="n")
legend("right",
legend=c(expression("Candidato em"*~i),
expression("Valor em"*~i-1)),
lty=1, col=c(2,4), bty="n")
## Segmentos da base até os valores nas funções.
segments(y, dg1, y, 0, col=2, lty=1);
segments(y, dn1, y, 0, col=2, lty=1);
segments(out[i-1], dg0, out[i-1], 0, col=4, lty=1);
segments(out[i-1], dn0, out[i-1], 0, col=4, lty=1);
## Pontos sobre as funções.
cex <- 2.5; col="yellow"
points(y, dg1, pch=19, cex=cex, col="green");
points(y, dn1, pch=19, cex=cex, col=col);
points(out[i-1], dg0, pch=19, cex=cex, col="green");
points(out[i-1], dn0, pch=19, cex=cex, col=col);
## Rótulos dos pontos.
text(y, dg1, labels=expression(f[X]));
text(y, dn1, labels=expression(f[Y]));
text(out[i-1], dg0, expression(f[X]));
text(out[i-1], dn0, expression(f[Y]));
text(c(y, out[i-1]), 0,
labels=c(expression(x[i]), expression(x[i-1])),
pos=4)
## Anotações matemáticas.
L <- list(dg1=dg1, dg0=dg0, dn1=dn1,
dn0=dn0, num=dg1/dg0, den=dn1/dn0,
ratio=ratio)
L <- lapply(L, round, digits=3)
ex <- substitute(frac(f[X](x[i]), f[X](x[i-1]))/
frac(f[Y](x[i]), f[Y](x[i-1]))*" = "*
frac(dg1, dg0)/frac(dn1, dn0)*" = "*
num/den==ratio, L)
r <- substitute("u = "~u<ratio,
lapply(list(ratio=ratio, u=u),
round, digits=3))
mtext(ex, side=3, line=1, adj=0)
mtext(r, side=3, line=2, adj=1)
mtext(ifelse(u<ratio,
expression(Aceita~x[i]),
expression(Repete~x[i-1])),
side=3, line=1, adj=1)
switch(go[1],
## Avança por cliques do mouse.
click=locator(n=1),
## Avança por enter no console.
console=readline(prompt="Press [enter] to continue"),
## Avança com intervalo de tempo entre etapas.
none=Sys.sleep(0.5))
}
}
return(out)
}
```
```{r, include=FALSE, eval=FALSE}
n <- 10
x <- iidsampler1(n, x1=0.5, plot=TRUE, go="console")
## Gerando muitos números pelo método.
x <- iidsampler1(5000, x1=0.5)
par(mfrow=c(2,2))
plot(x, type="l") ## Traço da cadeia completa.
plot(x[1:100], type="l") ## Traço do começo da cadeia.